segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Operação da Polícia Civil e do Ministério Público mira dirigentes de futebol no Rio

A Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especializada do Desporte e Defesa do Torcedor (Gaedest), do Ministério Público do Rio, deflagraram, nesta segunda-feira, a segunda fase da Operação Limpidus, que tem como alvo dirigentes de futebol, funcionários de clubes e integrantes de torcidas organizadas do Rio. Os agentes visam a cumprir nove mandados de prisão de suspeitos de envolvimento num esquema de repasse de ingressos por parte dos clubes para torcidas organizadas — outros cinco envolvidos já estão presos.

Na manhã desta segunda-feira, quatro pessoas foram presas: Artur Mahmoud, assessor de imprensa da presidência do Fluminense, Alesson Galvão, presidente da Raça Rubro-negra,Leandro Schilling, chefe da Imply, empresa responsável pela confecção de ingressos, e Monique Patrício dos Santos Gomes, funcionária da Imply.

A delegada Daniela Terra, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) esteve na residência de Filipe Dias, gerente de operações de arenas e jogos do Fluminense, no Leblon, na Zona Sul da capital. Ele não estava no local, mas atendeu uma ligação dos policiais e comprometeu-se a se apresentar na delegacia ainda nesta segunda. Os agentes também foram à casa do policial Edmilson José da Silva, o Tubarão, chefe de segurança do Vasco. Ele é considerado foragido. Outro alvo dos agentes é Rodrigo Granja dos Santos, o Batata.
— Existem regras estabelecidas pelo Ministério Público e pelo Estatuto do Torcedor. A partir do momento em que um clube de futebol, que tem como objetivo impedir atos de violência,simplemente não liga para isso e continua fornecendo ingressos para torcidas banidas, ele está sim fomentando a briga no futebol, os atos de violência. Assim, a gente nunca vai conseguir ter paz — afirmou Daniela. — As pessoas que estão ali para torcer não são facções criminosas. Mas as que dirigem essas torcidas e não cumprem com as regras são sim, na minha opinião, considerados como se fossem uma facção criminosa. É um esquema muito grande.

A investigação começou há sete meses e contou com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Um dos clubes repassava ingressos até mesmo para torcidas proibidas de frequentar estádios por causa de envolvimento com episódios de violência.

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